Uma mulher de 19 anos, que foi estuprada e prostituída por um homem, atirou duas vezes em sua cabeça e botou fogo em seu corpo. A polícia passou a investigar a morte de Randy Volar, de 33 anos, e acabou descobrindo provas de que ele não só abusava e prostituía Chrystul Kizer, a mulher que o matou, mas também dúzias de outras mulheres e meninas.
Porém, segundo as autoridades, não é possível usar as leis que protegem vítimas de tráfico sexual pra justificar outro crime. Randy foi achado morto em sua casa em Kenosha, Winsconsin. Morto com 2 tiros na cabeça, seu corpo foi carbonizado. Chrystul fugiu usando o BMW dele.
Ela foi encontrada pela polícia em Miwaukee, onde confessou o crime.
Os dois se conheceram em um site de anúncios chamado Backpage. O site foi fechado no ano passado porque acabou se tornando um antro de tráfico sexual. Ela tinha 16 anos quando conheceu Chrystul. Eles passaram a se encontrar uma vez por semana, onde ele a presenteava com caros presentes e dinheiro.
Então ele começou a dizer que queria sexo em troca. "Eu disse pra ele que nunca faria isso. Ele disse que eu devia isso a ele". Uma vez em que o psicológico foi abalado após ter cedido, Randy começou a oferecer o corpo de Chrystul no mesmo site onde se conheceram.
O homem levava ela até algum hotel onde o cliente aguardava. Depois, vinha buscá-la e pegava o dinheiro. As exigências de Randy em relação a ela cresciam paulatinamente, como que por um conta gotas. Chrystul disse que queria se afastar, não mais fazer aquilo, e ter um relacionamento sério. Ela disse que ao sinalizar isso, Randy mudou totalmente de fisionomia.
"Ele começou a falar coisas violentas. Eu falei que iria parar de falar com ele, e ele disse que se eu fizesse isso, me mataria".
Ela arranjou um namorado que sabia de toda a situação, e ele lhe deu uma pistola pra caso alguém a atacasse. Randy a chamou pra sua casa. Ele pediu pizza, e ofereceu a ela um licor. Segundo ela, ele colocou alguma coisa na bebida. "Depois disso, ele colocou um filme. E então eu comecei a me sentir estranha".
O homem começou a tocar na sua perna, e então subitamente deitou sobre ela. Chrystul disse que não queria fazer aquilo, que não queria mais nada daquilo, que queria mudar. Ela consegue levantar, tenta fugir, mas cai no chão. Ele agora se aproxima com violência e tenta rasgar a sua calça jeans. Ela se contorcia pra tentar escapar.
Chrystul disse que não se lembra do que aconteceu em seguida. Segundo ela, que estava grogue enquanto tudo isso acontecia, as memórias de ter tirado a pistola da parte de trás da calça, de ter dado dois tiros na cabeça dele, e de ter colocado fogo no corpo do homem, foram apagadas. A busca que a polícia fez na casa revelou provas dos crimes horrendos do homem, incluindo diversas filmagens dele estuprando crianças.
4 meses antes de sua morte, Randy foi preso por crimes envolvendo pedofilia, mas foi solto, misteriosamente, no dia seguinte. A moça será julgada agora pelo homicídio, onde ela poderá pegar prisão perpétua. O juiz que julgará o caso, David P. Wilk, disse que se a mulher for inocentada, poderá causar um precedente "muito perigoso". Porém, como o caso estourou na imprensa estado-unidense, uma campanha pedindo a libertação de Chrystul já começou a circular.