Entre 2016 e 2018, diplomatas canadenses e americanos que trabalhavam em uma embaixada em Cuba relataram sintomas como dores de cabeça, náuseas e perda de memória após ouvirem sons misteriosos. O fenômeno ficou conhecido como "os ataques sônicos de Cuba". As autoridades de Havana negaram qualquer relação com isso. Contudo, um recente estudo sugere que algo afetou os diplomatas, bem como a todos que trabalhavam nessa embaixada.
O estudo detectou mudanças estruturais nos cérebros das vítimas, bem como uma diminuição de até 5% no tamanho do órgão. Publicado no Jornal da Associação Médica Americana, o estudo analisou exames de 40 vítimas que relataram os mesmos estranhos sintomas em Havana, e compararam eles com os exames de 48 pessoas normais e escolhidas aleatoriamente, todas com idades parecidas com a das vítimas.
Os cientistas da Universidade da Pensilvânia notaram que a área do cérebro responsável pela cognição e aprendizado diminuiu até 5% nos diplomatas. As áreas responsáveis pela audição e visão também foram afetadas.
Segundo Ragini Verma, o cerebelo também foi afetado, o que causa a sensação de náusea, tonteira e perda de memória. "Nós nunca vimos algo assim antes e estamos muito curiosos".
Os achados do estudo trouxeram de volta os "ataques sônicos" para os holofotes, pois eles já estavam quase esquecidos pela falta de provas. Isso quer dizer que existem armas sonoras que podem afetar a cabeça das pessoas, e portanto, o que era "teoria da conspiração" até uns dias atrás, fica revelado como rotina para grupos obscuros, como sempre.
A CBS alega ter o som usado nos ataques sônicos, mas aí eu já não sei:
Mas aqui tem um vídeo da polícia usando uma arma sônica pra impedir que manifestantes avançassem. A partir de certo ponto, não dá mais pra andar porque as frequências sonoras fritam sua cabeça:
Tempos estranhos